O corredor acorda cedo, como ele tem feito há tanto tempo, para seu treino de sábado, e sai de mansinho da cama, suavemente para não acordar a esposa.
Ele se veste sileciosamente no quarto ao lado, pega o cronômetro, alonga-se e sai. Quando abre a porta da casa, ele vê o vento soprando a chuva que cai.
Ele já correu nessas condições. Ele não gosta, mas nunca perde as manhãs de sábado.
Ele pondera as péssimas condições do tempo, volta para a cozinha e liga a TV no canal do tempo. A previsão parece ainda pior. Tempestade à vista. Esse é um sábado que ele decide não sair…
Um trovão soa distante, ele tira o tênis, volta silenciosamente pro quarto, se despe e se enfia de novo debaixo das cobertas de mansinho.
Ele abraça a esposa por trás e sussura, “O tempo lá fora tá horrível.”
Ela responde, ainda sonolenta, “Pois é, você acredita que meu marido saiu pra correr nessa porcaria mesmo assim?”
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