05/08/2009 - 11h45
Especialista diz que substância do doping pode causar morte
Rafael Krieger
Em São Paulo*
Em São Paulo*
A substância encontrada no sangue de cinco dos sete atletas brasileiros flagrados no antidoping pode causar até a morte, segundo o médico Eduardo de Rose, do Comitê Olímpico Internacional (COI). O especialista já havia dito que a decisão de usar a droga geralmente é tomada em conjunto com o treinador, como foi confirmado pelo técnico Jayme Netto Júnior, que assumiu a culpa pelo caso e disse que está fora do atletismo.
"Já houve casos de morte, principalmente no ciclismo, pois quando o atleta perde muita água, o sangue fica muito pastoso e pode haver problema agudo", afirmou o médico, lembrando que a substância é utilizada na medicina somente para pacientes renais crônicos, com o objetivo de combater fortes anemias.
De Rose acrescentou que é muito improvável a revogação do resultado positivo através de uma contraprova do exame A, que detectou o hormônio sintético EPO, que estimula a produção de glóbulos vermelhos no sangue e aumenta a capacidade aeróbica. Eduardo de Rose explica que não há nenhuma chance de engano nas amostras.
"Normalmente, quando se fala em prova B, ela vai indicar o que indicou a A. No caso do EPO, dois meses depois, a urina pode se alterar e não se encontrar doping na prova B. Mas, nesse caso, considerando o laboratório que fez e que já foi solicitado outro exame, é muito difícil que a contraprova não confirme", completou Eduardo.
Segundo o médico, todos os atletas usufruiriam dos efeitos da substância. No caso de Josiane Tito (4 x 400 m) e Luciana França (400m com barreiras), o objetivo seria aumentar a capacidade aeróbica durante a competição.
Já para os velocistas Bruno Lins Tenório e Jorge Célio Sena, o EPO não traria benefícios durante a prova, que é curta e não exige capacidade aeróbica. Mas faria com que o atleta se recuperasse mais rápido e pudesse treinar com mais intensidade. Mesmo caso da heptatleta Lucimara Silvestre, que poderia suportar pesadas cargas de treinamento.
ESCÂNDALO NO ATLETISMO | |
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Bruno Lins Tenório foi um dos atletas pegos por exame surpresa em Presidente Prudente | |
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TÉCNICO ASSUME A CULPA PELO CASO | |
VEJA O COMUNICADO DA CBAT |
De Rose acrescentou que é muito improvável a revogação do resultado positivo através de uma contraprova do exame A, que detectou o hormônio sintético EPO, que estimula a produção de glóbulos vermelhos no sangue e aumenta a capacidade aeróbica. Eduardo de Rose explica que não há nenhuma chance de engano nas amostras.
"Normalmente, quando se fala em prova B, ela vai indicar o que indicou a A. No caso do EPO, dois meses depois, a urina pode se alterar e não se encontrar doping na prova B. Mas, nesse caso, considerando o laboratório que fez e que já foi solicitado outro exame, é muito difícil que a contraprova não confirme", completou Eduardo.
Segundo o médico, todos os atletas usufruiriam dos efeitos da substância. No caso de Josiane Tito (4 x 400 m) e Luciana França (400m com barreiras), o objetivo seria aumentar a capacidade aeróbica durante a competição.
Já para os velocistas Bruno Lins Tenório e Jorge Célio Sena, o EPO não traria benefícios durante a prova, que é curta e não exige capacidade aeróbica. Mas faria com que o atleta se recuperasse mais rápido e pudesse treinar com mais intensidade. Mesmo caso da heptatleta Lucimara Silvestre, que poderia suportar pesadas cargas de treinamento.
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