terça-feira, 1 de janeiro de 2008

São Silvestre 2007



A corrida de São Silvestre tem uma importância mais particular, pois há 9 anos atrás resolvi e decidi que alguma coisa eu tinha que mudar. E foi o que fiz. É um momento muito “meu” , uma prova difícil, que normalmente alterno muita concentração na corrida com muita emoção nos meus pensamentos e com a participação de tanta gente na prova em si e nas ruas.

Meus treinos das últimas semanas não foram específicos para correr 15 km, mas tenho um “lastro” para essa distância, por isso não havia preocupação. Iniciei a prova “sobrando” com muita gente andando e atrapalhando quem queria correr, mas essa corrida é assim mesmo. Os 3 , 4 primeiros km são muito lentos devido ao excesso de corredores. O minhocão é legal, muita gente nas janelas, muita gritaria, bem legal. Perto do km 7 é a parte mais difícil, você não está mais no começo, mas também não está no fim, passa por trás na Barra Funda , um pedaço meio chato. Chegou no km 10 aí é só alegria, muita gente no centro de São Paulo, muita animação, as pernas já doem mas falta menos de meia hora. O público incentiva, tira barato, provoca com latas de cerveja na mão,etc. Passamos pelo centro, não dá pra ficar olhando muita coisa, a corrida está acabando e os sonhos se concretizando....caramba....nove anos que estou correndo essa prova.....nove anos de muita emoção e muita determinação. O tempo final é o que menos importa, o que vale mesmo é ter a certeza que em poucos minutos estarei mais uma vez emocionado na linha de chegada, junto com tantas outras pessoas que se utilizam da corrida para ser mais feliz, trazer um bem estar que só quem corre sabe exatamente do que estou falando. Chegando a Brigadeiro é tudo de bom, sempre subi rápido e dessa vez não foi diferente, as pernas doem um pouco mais, mas o coração dá sinais que posso aumentar o ritmo, ele está tranqüilo, parece que sabe que se trabalhar um pouco mais nesses 10’ restantes vai receber uma recompensa, que é ser inundado de alegria e emoção. Então sebo nas canelas, pau na Brigadeiro, até chegar na Paulista. Aí é só começar a ver a chegada e ao mesmo tempo que quero chegar também não quero terminar pois a alegria de estar ali é muito grande. Mas não tem jeito, a corrida vai acabar, aquela 1 hora e pouco “só minha” terminou, passei a linha de chegada, vem as lágrimas de todos os anos, os comprimentos de tanta gente que não conheço, que só me faz ficar mais emocionado. Aquela multidão feliz, como pode né, uma coisa tão simples fazer tanta gente feliz.........agora é pegar a medalha, encontrar amigos, e curtir a noite do Reveillon, brindar a vida, as coisas simples da vida, a amizade e o amor.

3 comentários:

Marcos Sanches disse...

Grande Luisão, esse seu momento tem durado 9 anos... Ainda me emociono com esses relatos da SS. Ela significa muito para muitos corredores e também para mim. É o símbolo da corrida de rua no Brasil e faz parte da gente... Parabéns!!!

Abracos! Feliz 2008!

Jacke Gense disse...

Puxa Luis!
Que lindo relato sobre a SS! Não sabia que já correu pela 9° vez... e mesmo assim sente a mesma emoção... pelo jeito é o primeiro amor né?
Bacana isso... este ano corri pela primeira vez... tive muito desconforto na prova... terminei pensando em nunca mais fazer... mas depois que tudo passa a gente pensa melhor e muda de idéia!
Parabéns pela prova e pelo relato... está muito bom!

Ah.. curiosidade.. e seu amigo.. está se preparando para virar um maratonista em junho?...

bjs

Jorge Cerqueira disse...

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-ooO--(_)--Ooo—
Parabens amigo por completar mais um desafio que foi a S. Silvestree realmente no ano passado foi um desafio para os 20.000 corredores, alguns amigos meus me disseram que a agua durante o percurso estava quente demais e muitos disseram quando chegaram não tinha mais gatorade e no lanche muitas bananas vinham verde que absurdo isso.
Um abraço e bom final de semana,
www.jmaratona.blogspot.com
JORGE