quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Provas na USP

USP limita provas de corrida dentro do campus São Paulo

A USP restringiu o número de corridas de rua na Cidade Universitária. Para este ano, nove foram liberadas, ante 25 em 2009. Além disso, a taxa cobrada dos eventos subirá.

A coordenadoria do campus afirma que as provas, que chegaram a reunir 25 mil corredores aos finais de semana, atrapalhavam as atividades universitárias e o entorno da instituição, na zona oeste da capital.

Com a medida, não receberam autorização eventos como 10 milhas SP (patrocinada pela Mizuno), EcoRun (Braskem), Night Run (Fila) e Reebok 10 km. Em geral, são voltadas a esportistas amadores. No total, foram 16 pedidos negados.

"A finalidade do campus estava desvirtuada. Aqui não é parque público. E não havia regras", diz Cristina Guarnieri, responsável pelas relações institucionais da coordenadoria.

Entre os transtornos, ela cita o barulho e o fluxo de pessoas, que atrapalhavam as atividades da USP aos fins de semana, como laboratórios e hospital; a montagem das estruturas durante a semana, que dificultava a locomoção no campus; e o trânsito na região.

Para que não houvesse restrição total, a coordenadoria decidiu autorizar um evento por mês e somente durante o ano letivo. Além disso, foram fixados critérios para a autorização, como limite de participantes (máximo de 6.000).

Haverá ainda aumento da taxa para a liberação. Antes, eram R$ 6.000 por hora; o valor foi mantido e haverá mais R$ 1 por participante. As provas cobram cerca de R$ 70 de inscrição.

A verba arrecadada irá para limpeza e manutenção. As restrições para corridas é mais uma medida na tentativa de controlar o uso do campus. Neste mês, foi anunciada a adoção de carteirinhas para esportistas e limitação de horários.

As medidas foram aprovadas antes da posse do novo reitor, João Grandino Rodas (a decisão não precisa do seu aval).

Reclamações

"A cidade é carente de espaços para corridas. Há uma demanda cada vez maior de pessoas querendo praticar esportes", diz Tomas Dreyfuss, diretor da promotora Vetor, que teve quatro pedidos negados.

"Não há espaço como a Cidade Universitária", diz Eduardo Gayotto, que teve cinco pedidos negados e um aceito. Só o campus, afirma, tem "relativa segurança", espaço para estacionamento e bom percurso.

Os organizadores já buscam outros locais, como as ruas do centro, o entorno do estádio do Pacaembu e o Jóquei Clube.

Um comentário:

Anônimo disse...

É Luis, não é por acaso que a Vetor nos procurou para fazer corridas aqui em Campinas. Fechamos a Fila Night Run aqui e mais 3 etapas de um Circuito Delta de Corrida.
Só que as taxas aqui é Campinas são salgadas, vamos ver se o evento vinga.
Abraços